A campanha Juntos por um Ambiente de Trabalho Seguro e Saudável tem como objetivo conscientizar empresas, empregadores e trabalhadores sobre a importância de adotar medidas de prevenção adequadas no ambiente de trabalho. Usando recursos atrativos, como vídeos de animação, cards para as redes sociais, cartazes e documentários com especialistas, a campanha visa promover uma cultura de saúde e segurança no local de trabalho, unindo empregadores, trabalhadores, contratantes e prestadores de serviços em torno desses objetivos comuns.
A campanha terá duração total de 8 meses (de janeiro a agosto de 2024), com o lançamento programado de vídeos de animação e materiais gráficos a cada mês, abordando alguns dos principais impactos de ambientes de trabalho inseguros e insalubres na saúde e na segurança das pessoas que trabalham em diversos setores produtivos, e seguirá o calendário:
Janeiro – Riscos Psicossociais
Fevereiro – Setor Aeroportuário
Março – Setor Industrial
Abril – Construção Civil
Maio – Setor de Transportes
Junho – Mineração
Julho – Agropecuária
Agosto – Saúde e Serviços Sociais
Nos dias 28/04/24 (Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho) e 27/07/24 (Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho), serão lançados filmes documentais com especialistas sobre os temas relacionados à campanha.
Neste site será possível acessar e baixar todo o conteúdo produzido, para que empresas, organizações e entidades representativas de trabalhadores e patronais possam aderir à campanha divulgando o material em suas redes sociais, sites ou redes internas da empresa.
Vamos juntos lutar por um ambiente de trabalho mais seguro e saudável?
Aqui você tem acesso a todo material gráfico produzido para a campanha Juntos por um Ambiente de Trabalho Seguro e Saudável. Seguindo nosso cronograma de lançamento, a cada mês de 2024 (de janeiro a agosto) serão lançados cards para as redes sociais e cartazes prontos para baixar, compartilhar ou imprimir.
Clique nos botões e baixe os PDFs dos materiais produzidos:
Documentários com especialistas na área da prevenção de acidentes e doenças relacionados ao trabalho falam sobre os principais desafios da área e de que forma empresas, empresários e trabalhadores podem contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de prevenção.
Publicação dos documentários:
Dia 28/04/24 (Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho).
Dia 27/07/24 (Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho).
Aqui você pode assistir ou baixar os vídeos para compartilhar, divulgar e aderir à campanha:
A campanha Juntos por um Ambiente de Trabalho Seguro e Saudável terá duração total de 8 meses (de janeiro a agosto de 2024) e cada mês terá um tema principal.
Os vídeos de animação e materiais gráficos de cada tema serão lançados nos meses programados. Os materiais podem ser baixados e compartilhados por todos que queiram contribuir na luta por um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
Acesse o conteúdo de cada mês:
Debater questões sobre a saúde mental nos meios de trabalho continua sendo um tabu em todo o mundo. Porém, os dados emitidos pelo Relatório Mundial de Saúde Mental (2022) realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Internacional do Trabalho (OIT) comprovam a urgência dessa pauta estar presente entre governo, empregadores e empregados.
Estima-se que são perdidos 12 bilhões de dias de trabalho anualmente devido à depressão e ansiedade, o que, para além dos danos individuais na saúde de cada trabalhador, custa quase um trilhão de dólares à economia global.
O relatório ainda revela que 15% dos adultos em idade ativa sofrem de transtornos mentais, destaca a amplificação dessas questões pelo ambiente de trabalho, incluindo discriminação, desigualdade e assédio. Bullying, violência psicológica, cargas de trabalhos excessivas e inflexíveis também estão entre as principais queixas, evidenciando a necessidade de avançar debates e práticas em torno da discussão da saúde mental no trabalho.
Entre as diretrizes globais propostas pela OMS destaca-se a necessidade de treinamento para gerentes, visando construir capacidades para evitar ambientes estressantes e responder aos trabalhadores em situações de risco, abordando questões como cargas de trabalho pesadas e comportamentos negativos.
Além disso, as indicações propõem condutas para acomodar as necessidades dos trabalhadores com condições mentais, intervindo para apoiar o retorno ao trabalho e facilitar a inclusão no emprego remunerado, especialmente para profissionais de saúde e emergência.
Saúde mental e trabalho constituem uma relação séria e complexa. A empresa e seus gestores devem estar atentos aos sinais de colaboradores com possíveis transtornos psicológicos. Uma das primeiras reações a serem percebidas é a alteração do comportamento e do humor. A pessoa fica mais quieta, evita contato social, pode se tornar mais agressiva e menos tolerante.
O bem-estar do trabalhador é motivo suficiente para ações, mas a saúde mental fragilizada também pode ter um impacto debilitante no desempenho e na produtividade, trazendo sérias consequências para o empregador. Os locais de trabalho que promovem a saúde mental e apoiam pessoas com transtornos mentais são mais propensos a reduzir o absenteísmo, aumentar a produtividade e se beneficiar de ganhos econômicos associados.
Na agitada rotina dos aeroportos, onde o vaivém de aeronaves e passageiros é constante, os profissionais da área aeroportuária enfrentam riscos frequentes que muitas vezes passam despercebidos. Acidentes de trabalho nesse setor se tornaram uma preocupação crescente, impactando não apenas a segurança dos trabalhadores, mas também a eficiência operacional e a reputação das instalações aeroportuárias.
Dentre os desafios enfrentados pelos trabalhadores aeroportuários, destacam-se os perigos inerentes à movimentação de aeronaves, cargas e bagagens: colisões de veículos em solo, quedas de altura, riscos ergonômicos, exposição a barulhos muito altos e queda de equipamentos. O constante estresse associado à urgência e à complexidade das operações também contribui para o aumento da probabilidade de acidentes.
Os acidentes de trabalho desse setor têm ocorrências constantes, comprometendo a saúde física e mental dos profissionais aeroportuários, trazendo consequências severas para as empresas responsáveis e implicações diretas na eficiência operacional dos aeroportos. Interrupções causadas por acidentes podem resultar em atrasos de voos, cancelamentos e prejuízos financeiros.
Uma parcela significativa dos incidentes pode ser prevenida com medidas de segurança adequadas. No entanto, a falta de conscientização, o treinamento insuficiente e a negligência por parte da fiscalização dos empregadores contribuem para a persistência dessas ocorrências.
Diante desse cenário desafiador, é crucial que as empresas do setor e os órgãos reguladores intensifiquem esforços para promover uma cultura de segurança. Investir em treinamentos contínuos, implementar protocolos rigorosos e sensibilizar os profissionais sobre a importância das práticas seguras e do uso dos EPIs são passos fundamentais para reduzir os acidentes de trabalho e garantir um ambiente aeroportuário mais seguro e eficiente para todos.
No universo dinâmico da indústria, em que máquinas e processos coexistem, a segurança dos trabalhadores deve ter prioridade máxima. A indústria, motor essencial da economia global, enfrenta desafios persistentes relacionados à segurança no trabalho, com um aumento significativo de incidentes que resultam em afastamentos temporários e, em casos mais trágicos, em perdas irreparáveis.
Segundo o Anuário Brasileiro de Proteção, em 2021, foram registrados 193.102 acidentes de trabalho no setor – isso em um contexto de pandemia, em que o fluxo de trabalho presencial foi diferente do habitual e em que foram considerados apenas os registros com a Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT), isto é, registros sem CAT e de trabalhadores na informalidade não foram computados nessa estatística.
A diversidade do setor industrial ressalta a complexidade e a necessidade de uma abordagem multifacetada para aprimorar a segurança laboral. Falhas em protocolos de segurança, falta de treinamento adequado, condições de trabalho desafiadoras e o envelhecimento de infraestruturas são fatores que contribuem para a incidência de acidentes. A identificação desses elementos é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e garantir ambientes de trabalho mais seguros.
Além do custo humano significativo, os acidentes de trabalho na indústria têm repercussões econômicas substanciais. Os gastos com benefícios previdenciários e as interrupções na produção impactam a saúde financeira das empresas. Essas consequências ressaltam a importância de preservar vidas, mas também de manter a sustentabilidade econômica do setor industrial.
Em resposta a esse desafio, é preciso que empresas e órgãos reguladores intensifiquem esforços para promover uma cultura de segurança no ambiente industrial. Investimentos em treinamento contínuo, atualização de infraestruturas, implementação de tecnologias mais seguras e o fortalecimento da fiscalização são passos essenciais para minimizar os riscos e construir um futuro em que os trabalhadores possam exercer suas atividades com segurança.
Segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho, a taxa de mortalidade no trabalho no Brasil é de 5,21 mortes para cada 100 mil vínculos. Na construção civil, os dados assustam: a taxa chega a 11,76 casos para cada grupo de 100 mil. Ainda, conforme o Anuário Braileiro de Proteção referente ao ano de 2021, o setor está na quinta colocação de área econômica com mais acidentes.
Apesar dos avanços tecnológicos e regulamentações rigorosas, os acidentes de trabalho nesta área continuam a representar uma preocupação séria, o que demanda uma reavaliação urgente das práticas e políticas de segurança no setor.
As principais causas desses acidentes são impactos com objetos, quedas, choques elétricos, soterramento ou desmoronamento, acidentes com maquinário pesado e exposição a produtos químicos.
As causas, muitas vezes, estão associadas a falhas em protocolos de segurança, falta de treinamento adequado, ritmo acelerado das obras e condições ambientais desafiadoras. A compreensão desses fatores é essencial para o desenvolvimento de medidas preventivas e a promoção de um ambiente de trabalho mais seguro.
Além do impacto humano e emocional, os acidentes de trabalho na construção civil têm implicações significativas nas comunidades e na economia. Interrupções em projetos, custos adicionais com benefícios previdenciários e a perda de habilidades especializadas afetam não apenas as empresas, mas também a sociedade em geral. Esse cenário destaca a necessidade de investir em segurança para proteger não apenas os trabalhadores, mas também a estabilidade e o desenvolvimento do setor.
Diante desses desafios, é essencial que construtoras, órgãos reguladores e profissionais do setor redobrem os esforços para promover uma cultura de segurança na construção civil. Investimento em treinamentos regulares, adoção de tecnologias inovadoras para segurança no canteiro de obras e rigorosa fiscalização são passos essenciais para reduzir os riscos e criar um ambiente em que os trabalhadores da construção possam exercer suas atividades com a máxima segurança.
A dinâmica essencial do setor de transportes é marcada por uma série de desafios e riscos para seus profissionais, incluindo entregadores, motoristas de aplicativo e motoristas de veículos de grande porte e carga. O monitoramento da saúde e da segurança desse trabalho abrange várias complexidades por conta da diversidade de áreas de atuação e do constante cenário de informalidade do trabalho.
Em contraponto, os acidentes acontecem por questões muito semelhantes: fadiga física e mental, sonolência, estresse, violência, situações operacionais perigosas, problemas mecânicos e exposição a substâncias nocivas. O cenário fica ainda mais delicado quando consideramos que o setor de transporte pode ter um impacto direto sobre terceiros, como usuários de estradas e do tráfego urbano.
Os motoristas profissionais de veículos de carga, fundamentais para a distribuição de mercadorias em escala nacional, enfrentam uma série de desafios no seu cotidiano. Jornadas extensas, pressão para cumprir prazos e a constante exposição a condições adversas nas estradas contribuem para um alto índice de acidentes de trabalho.
Esses trabalhadores estão entre os 10 profissionais que mais sofrem lesões decorrentes de acidentes de trabalho no Brasil. Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego registram 117 mil acidentes entre 2014 e 2021. A saúde física e mental desses profissionais muitas vezes é comprometida, destacando-se a necessidade de medidas específicas de prevenção e apoio.
Os entregadores enfrentam desafios específicos. A pressão por entregas rápidas, muitas vezes resultando em longas jornadas de trabalho e desatenção ao trânsito, contribui para um ambiente propenso a acidentes.
Um a cada quatro entregadores do Brasil já sofreu um acidente. O dado é de um estudo feito pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em parceria com a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que considerou trabalhadores das principais plataformas de entrega.
Os motoristas de aplicativo, inseridos no cenário urbano, enfrentam riscos associados ao tráfego intenso, situações imprevisíveis e, em alguns casos, a violência urbana. A falta de regulamentação clara e de proteção trabalhista adequada pode contribuir para um ambiente de trabalho precário, em que acidentes são mais propensos a ocorrer.
Além disso, o crescente setor de entregas e de motoristas de aplicativo trouxe à tona questões relacionadas à segurança no trabalho, incluindo a falta de proteções sociais e seguros adequados para esses profissionais.
Um dos caminhos para melhorar o saldo do setor é cumprir as normas obrigatórias, como a NR 12, que determina uma série de equipamentos e regras quanto à segurança desses trabalhadores. O setor de transporte, armazenagem e correio é o 5º com maior número de autuações por descumprimentos de normas trabalhistas. Foram mais de 163 mil registros desde 2012.
Diante desses desafios, é imperativo que governos, empresas e organizações envolvidas no setor adotem medidas abrangentes para prevenir acidentes de trabalho. Isso inclui investimentos em treinamentos específicos, regulamentações mais claras, períodos de trabalho mais equilibrados, proteções sociais robustas e a promoção de uma cultura de segurança.
Para além de evitar multas, o cumprimento das normas evita acidentes, salva vidas e, como consequência, até aumenta a produtividade das empresas, pois em ambientes mais seguros é possível produzir mais e melhor. Somente com esforços coordenados será possível garantir a segurança e o bem-estar dos profissionais que mantêm o setor de transportes em movimento.
A indústria da mineração, conhecida por sua importância estratégica no fornecimento de recursos essenciais, também carrega o desafio de ser um dos setores econômicos mais insalubres para o trabalho no mundo. No Brasil, a violação dos direitos ambientais e da população, no setor mineral, diante dos trabalhadores e das comunidades impactadas pelos projetos é sistemática.
Os trabalhadores da mineração, envolvidos em operações muitas vezes complexas e em ambientes hostis, estão sujeitos a uma variedade de riscos que, apesar dos avanços tecnológicos, continuam a resultar em acidentes de trabalho. Segundo dados do Ministério da Economia, a mineração foi responsável por mais de 1.400 acidentes de trabalho em 2020, sendo 42 fatais.
Entre os principais riscos inerentes às atividades de mineração estão quedas de altura, colapsos de túneis e galerias, explosões e lesões por repetição. Falhas nos equipamentos, condições extremas do ambiente de trabalho, jornadas extenuantes, contaminação por exposição a metais pesados, falhas humanas: essas ameaças, quando materializadas em acidentes de trabalho, podem resultar em lesões graves, perdas de vidas e impactos psicológicos duradouros para os trabalhadores envolvidos e suas famílias.
Além dos riscos imediatos, a saúde ocupacional na mineração enfrenta desafios significativos. A inalação de poeira mineral pode levar a doenças respiratórias crônicas, como a pneumoconiose. A exposição a ambientes ruidosos e vibratórios também contribui para problemas auditivos, destacando-se a necessidade de estratégias abrangentes de saúde ocupacional.
A diminuição dos riscos na indústria da mineração exige um compromisso significativo com medidas preventivas. Isso inclui investimentos contínuos em tecnologias avançadas de segurança, treinamentos regulares para os trabalhadores, inspeções meticulosas de equipamentos, sinalizações adequadas e uma cultura organizacional que coloca a segurança em primeiro lugar.
Governos, empresas e trabalhadores devem colaborar para garantir que as práticas de segurança estejam em constante evolução, refletindo os padrões mais altos de proteção a esses profissionais que desempenham um papel vital na extração dos recursos. Somente por meio de um esforço conjunto será possível reduzir significativamente os acidentes de trabalho na indústria da mineração.
A agropecuária, vital para a produção de alimentos, enfrenta desafios significativos quando se trata da segurança e da saúde de seus trabalhadores. Segundo o Anuário Brasileiro de Proteção referente ao ano de 2021, foram registrados 15.225 acidentes de trabalho no setor.
Os profissionais que atuam nesse setor enfrentam riscos constantes, que vão desde acidentes com equipamentos agropecuários até exposição a produtos químicos perigosos e a condições climáticas adversas. Essa realidade coloca em foco a necessidade urgente de abordagens mais eficazes para prevenir e lidar com acidentes de trabalho no campo.
O uso extensivo de maquinário na agropecuária moderna é uma fonte frequente de acidentes. Tratores, colheitadeiras e outros equipamentos pesados representam perigos potenciais, muitas vezes resultando em ferimentos graves ou fatais. Falta de treinamento adequado e medidas de segurança insuficientes contribuem para esses incidentes, evidenciando a importância de investimentos em capacitação e regulamentações mais rigorosas.
Os trabalhadores frequentemente lidam com substâncias químicas tóxicas, como pesticidas e fertilizantes, comumente usados para o aumento da produção. No entanto, a exposição constante a esses produtos pode resultar em problemas de saúde a longo prazo. É crucial implementar práticas de manuseio seguro, fornecer equipamentos de proteção adequados e promover a conscientização sobre os riscos associados a esses produtos.
O trabalho no setor agropecuário muitas vezes exige esforço físico intenso e repetitivo, levando a lesões musculares, articulares e problemas ergonômicos. A falta de pausas adequadas e a sobrecarga física podem contribuir para a ocorrência desses acidentes. Intervenções voltadas para melhorar as condições de trabalho e promover a conscientização sobre práticas ergonômicas são fundamentais para mitigar esses riscos.
A NR 31 é a principal norma para o trabalho no campo. Seu objetivo é garantir a saúde e a segurança nas atividades de agricultura, pecuária, silvicultura, aquicultura e exploração florestal, aplicando-se também às atividades de exploração industrial em estabelecimentos agrários. Entre as várias responsabilidades do empregador, explicitadas no item 31.3.3 da NR 31, uma delas sintetiza a função dessa norma regulamentadora:
e) Analisar, com a participação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural – CIPATR, as causas dos acidentes e das doenças decorrentes do trabalho, buscando prevenir e eliminar as possibilidades de novas ocorrências.
A NR 31 ainda estabelece que cabe ao empregador fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, equipamentos de proteção individual (EPIs).
Investir em treinamento contínuo e em capacitação dos trabalhadores da agropecuária é uma peça-chave na redução de acidentes. Isso inclui familiarização com protocolos de segurança, uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs) e implementação de práticas seguras. Além disso, regulamentações mais rígidas e fiscalizações eficientes são passos cruciais para garantir ambientes de trabalho mais seguros.
Uma abordagem integrada, envolvendo governos, empregadores, trabalhadores e comunidades locais, é essencial para enfrentar os desafios de segurança na agropecuária. Iniciativas que promovem uma cultura de segurança, fornecem recursos educacionais e implementam tecnologias inovadoras podem contribuir significativamente para a redução dos acidentes de trabalho no setor. A conscientização coletiva e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores rurais.
Em 2021, 84.780 acidentes de trabalho foram registrados no setor de saúde e de serviços sociais. Este dado alarmante faz com que esses serviços estejam em primeiro lugar na listagem do Anuário Estatístico da Previdência Social 2021 de atividades econômicas que mais sofrem acidentes de trabalho.
Profissionais da área da saúde e dos serviços sociais desempenham um papel vital em nossas comunidades, enfrentando desafios significativos enquanto fornecem cuidados essenciais. E a dedicação muitas vezes vem acompanhada de riscos ocupacionais substanciais. Desde médicos e enfermeiros até assistentes sociais, esses profissionais enfrentam situações complexas que podem resultar em incidentes.
O ambiente de saúde é diversificado e dinâmico, apresentando uma variedade de riscos ocupacionais. Profissionais da saúde podem estar expostos a agentes patogênicos, substâncias químicas, lesões relacionadas à movimentação de pacientes e, em tempos de pandemia, enfrentam riscos adicionais de infecções.
Já o contexto de trabalho na área de serviços sociais apresenta uma variedade de riscos únicos. Profissionais que lidam com questões como violência doméstica, abuso infantil, saúde mental e dependência química podem estar sujeitos a situações imprevisíveis e, em alguns casos, a ameaças à sua própria segurança física.
Além dos riscos físicos, os profissionais da saúde e serviços sociais enfrentam uma carga emocional significativa. Lidar com situações de emergência, perdas e condições de saúde adversas pode ter um impacto direto na saúde mental desses trabalhadores. A atenção à saúde mental torna-se, assim, uma parte crucial da gestão global da segurança ocupacional nesse setor.
Para amenizar os riscos associados ao trabalho deste setor, é preciso investir em treinamento contínuo e fornecer equipamentos de proteção adequados. Isso inclui garantir que os profissionais estejam devidamente treinados para lidar com situações específicas, bem como fornecer acessórios de proteção individual eficazes para minimizar a exposição a riscos biológicos e químicos.
Em face dos desafios enfrentados, o amplo reconhecimento de seu trabalho e a implementação de políticas institucionais de apoio são essenciais. Isso não apenas envolve medidas preventivas, mas também garante que, em casos de acidentes ou situações de estresse, haja suporte emocional, tratamento médico adequado e mecanismos de reabilitação disponíveis. A segurança desses trabalhadores não é apenas uma responsabilidade individual, mas uma preocupação coletiva que exige esforços conjuntos para garantir ambientes de trabalho seguros e saudáveis.
Campanha:
Realização: MPT – Ministério Público do Trabalho
Idealização: Cristina Aparecida Ribeiro Brasiliano (Subprocuradora-Geral do Trabalho)
Colaboração: Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho e da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Codemat/MPT)
Produção: Fabulário Filmes
Criação e coordenação: Juliana Sanson e Gustavo Castro
Identidade visual e design gráfico: Rodrigo Ventura
Ilustrações: Edgar Costa
Conteúdo: Juliana Sanson e Laís Melo
Consultoria: Valério Wagner
Revisão de texto: Giovanna Valenza
Vídeos:
Direção: Gustavo Castro e Juliana Sanson
Roteiros: Juliana Sanson e Laís Melo
Direção de animação e animações: Edgar Costa
Edição documentários: Gustavo Castro e Ticiano Monteiro
Trilha original e design de som: Auro Moura
Locuções: Mauriceia Pereira da Silva